O tereré é a bebida mais tradicional do estado de Mato Grosso do Sul e é presença garantida nas rodas de amigos. Característico pelo seu gosto forte e amargo, a bebida, de origem paraguaia, é transmitida de pai para filho e, as rodas de tereré eliminam as diferenças sociais, promovem a interação cultural e propiciam o diálogo.
Um decreto do Governo do Estado determinou o registro do tereré como patrimônio imaterial histórico e cultural de nosso estado. Esse reconhecimento torna-se extremamente necessário quando levamos em conta não só a bebida como prática cultural, mas, também a importância do ciclo da erva-mate no desenvolvimento da região.
O processo de registro do patrimônio durou três anos, partiu de um pedido da prefeitura de Ponta Porã feito em maio de 2008 e, após levantamento de dados e documentação, o registro oficial foi feito através do decreto nº 13.140 de 31 de março de 2011.
O bem imaterial “Tereré de Ponta Porã” ( devido ao pedido ter partido da prefeitura da cidade) agora consta no Livro de Registro dos Saberes do estado de Mato Grosso do Sul. Desta maneira, o Estado passa a tomar medidas para salvaguardar esse patrimônio, que é um hábito cultivado por uma parcela significativa dos cidadãos sul-mato-grossenses e parte de nossa identidade cultural.
HISTÓRICO
O tereré é uma bebida originária da cultura guarani já era consumido pelos índios antes mesmo da invasão luso-espanhola na América. Existem relatos desde o século XVII, onde alguns jesuítas aprenderam com os guaranis as virtudes do mate (ka’a em guarani) e elogiaram os efeitos da erva, que matava a sede melhor do que água pura.
Outra versão diz que durante a Guerra do Chaco os soldados paraguaios não podiam acender a fogueira para aquecer o mate, pois a fumaça iria denunciar onde as tropas estavam para os inimigos. Diante disso, o mate era consumido gelado.
No Brasil, o tereré foi trazido pelos paraguaios, que entraram pelo país através dos estados que fazem fronteira com o país, principalmente mato Grosso do Sul. Todo o ciclo brasileiro da erva-mate teve inicio na cidade e Ponta Porã, que faz fronteira com a cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, depois se expandiu para outras cidades e estados.
Conhecer a vida e a obra de Vik Muniz e o conceito de arte efêmera;
Investigar a efemeridade na produção poética visual de Vik Muniz ;
Ampliar as possibilidades expressivas e reflexivas no processo de construção da imagem contemporânea através de recursos tecnológicos;
ETAPAS DO PROJETO:
O Projeto será desenvolvido com as turmas de 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio e contará com as seguintes etapas:
1. Pesquisas na internet sobre o conceito de arte efêmera e sobre e a vida e a obra de Vik Muniz;
2. Assistir ao documentário “Lixo Extraordinário”, neste momento é possível realizar um trabalho interdisciplinar com o tema de reaproveitamento do lixo.
3. Realização de produções inspiradas nas obras do artista, lembrando que, como os materiais utilizados podem ser perecíveis o trabalho deverá ser entregue em forma de fotografia.
TECNOLOGIAS E MÍDIAS EMPREGADAS: Internet, data show, DVD e máquina fotográfica.
A atividade consistiu emconhecer a obra do artista Michelângelo no teto da Capela Sistina no Vaticano.
Complementando o conteúdo referente ao Renascimento, apresentei aos alunos a biografia de Michelângelo e a história da obra e das cenas representadas.
Através de um link com o site do Vaticano eles fizeram uma visita virtual em 3D à Capela Sistina, onde navegaram entre suas pinturas fazendo zoom e movendo o mouse pela área, descobrindo muitos detalhes e reconhecendo imagens.
A atividade foi muito prazerosa tanto para mim como para os alunos, pois o site é muito interessante e possui recursos originais, dando a sensação de você realmente estar dentro da Capela, os alunos ficaram fascinados. Faça uma visita à Capela Sistina: http://www.vatican.va/various/cappelle/sistina_vr/index.html
Já havia tido contato com a Wikipédia, pois, ao realizar pesquisas na internet o site é sempre um dos primeiros a aparecer, devido ao fato de ser um dos mais acessados, mas, nunca havia tido a oportunidade, ou interesse, em editar um texto. Achei essa experiência muito interessante, comecei e não queria mais parar, procurei vários itens principalmente relacionados à cultura regional, que é um assunto pelo qual tenho muito interesse e existem poucas fontes de pesquisas.
O Wikcionário também é muito interessante, principalmente pelo fato de possuir até as expressões regionais e de qualquer pessoa poder colaborar com sua construção.
Sempre falamos muito em estimular nos alunos a autoria, e, essa é uma grande oportunidade para realizarmos essa ação, utilizando a internet não só como fonte de pesquisa, mas, também como um importante espaço de autoria e (re)construção de conhecimento.
As atividades realizadas com o uso do blog permitiram um maior envolvimento dos alunos com o movimento artístico do surrealismo, pois, eles tiveram a oportunidade de utilizar recursos novos e que a maioria ainda não havia tido contato.
Já havia trabalhado com o tema em sala de aula, mas, utilizando metodologia teórica e expositiva, o que não prendeu muito a atenção dos alunos.
Com o uso desse recurso tecnológico o aproveitamento, a participação e assimilação do conhecimento acerca do surrealismo, superaram os resultados alcançados primeiramente com as práticas pedagógicas tradicionais.
Assim, a experiência de realização desta atividade foi muito produtiva, não só para mim como educadora, mas, também para os alunos.
üConhecer a estética, artistas e obras do movimento surrealista;
üInteragir com diferentes recursos tecnológicos;
METODOLOGIA:
üPedir que os alunos acessem o blog http://aula-de-artes.blogspot.com/, e leiam o texto “Criando com a Linguagem dos Sonhos”; no link,ler a biografia de Salvador Dali e conhecer algumas de suas obras; por último assistir aos vídeos disponíveis no blog;
üOrientar uma discussão sobre o contexto histórico, os conceitos e a estética da produção surrealista;
üPedir que postem no blog um comentário com suas impressões sobre o movimento surrealista;
APLICATIVOS UTILIZADOS:Internet Explorer ou Mozilla Firefox.
AVALIAÇÃO: Através da participação dos alunos com perguntas e comentários durante a discussão, demonstrando o conhecimento adquirido acerca do surrealismo, e na postagem através da autonomia e propriedade com que expressam suas idéias.
Valéria Peixoto de Alencar*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Um relógio que derrete, um peixe com corpo de mulher. Esquisitices assim só podem ser vistas em sonho, já que estão acima da realidade - ou, em francês, "sur le réel", daí o termo "surrealismo", escola artística que tem esses delírios como tema.
Esse movimento artístico e literário surgiu em Paris na década de 1920, mais ou menos ao mesmo tempo em que apareciam outros movimentos modernistas, como o cubismo.
Foi o escritor André Breton (1896-1966) o primeiro a utilizar o termo, ao publicar o "Manifesto Surrealista", em 1924. Os artistas deste movimento acreditavam que a arte deveria se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência do dia-a-dia, para poder expressar o inconsciente, a imaginação e os sonhos.
Baseavam-se também nos estudos de Sigmund Freud (1856-1939), considerado o pai da psicanálise. Em sua obra mais conhecida, "A Interpretação dos Sonhos", Freud descreve o funcionamento do inconsciente e a forma como ele aflora nos sonhos.
Em algumas obras surrealistas pode-se ver influências do dadaísmo, do cubismo, do abstracionismo e do expressionismo, que eram movimentos artísticos contemporâneos. A diferença básica em relação a esses movimentos está nas figuras representadas. O surrealismo prefere imagens de um universo onírico, isto é, o mundo dos sonhos e à imaginação.
A Fantasia e a Imaginação
O catalão Salvador Dali (1904-1989) e o belga René Magritte (1898-1967) são dois dos principais artistas do movimento surrealista.
"A Persistência da Memória", Salvador Dali (1931)
A imagem acima é um dos clássicos do surrealismo. Por que você acha que se chama "A persistência da memória"?
O relógio é utilizado para marcar o tempo. Note que as idéias de tempo e memória estão bastante ligadas. É como se, com o passar do tempo, a memória fosse se apagando, escorrendo, assim como o tempo...
Agora imagine uma sereia.
“Invenção Coletiva”, René Magritte (1934)
Provavelmente, a imagem de sereia que veio à sua cabeça não é exatamente essa que você viu no quadro acima. A obra "Invenção Coletiva", é de outro gênio do surrealismo, Magritte. O título da obra brinca com o imaginário coletivo, povoado de seres que não existem na realidade, mas que habitam a imaginação de muitas pessoas por serem difundidos em nossa cultura.
Por trás dessas obras cheias de sonho, os pintores surrealistas tinham um propósito bem real. O surrealismo foi um movimento surgido num período entre guerras, e tinha o propósito de rejeitar o racionalismo e a lógica, que, usados ao extremo, haviam levado a Europa a ser destruída por armas e bombas construídas graças ao uso desmedido da ciência.
*Valéria Peixoto de Alencar é historiadora formada pela USP e cursa o mestrado em artes no Instituto de Artes da Unesp. É uma das autoras do livro "Arte-Educação: Experiências, Questões e Possibilidades" (Editora Expressão e Arte).
Nos dias atuais, o uso das novas tecnologias tem cada vez mais adentrado ao ambiente escolar, mas a escola ainda encontra muita dificuldade em lidar com essa realidade. O que, infelizmente, ainda vemos é o uso das tecnologias apenas para ilustrar as aulas, e não como um poderoso instrumento de construção de conhecimento. Os professores precisam ser preparados para lidar com as tecnologias e aprender a lidar com todas as oportunidades de aprendizagem que elas oferecem, pois o que vemos na escola são muitos professores que, devido à dificuldade em lidar com a mesma, acabam utilizando-a de forma injusta à capacidade que elas têm, até fazem o uso, mas, não mudam suas metodologias. O espaço de conhecimento se multiplicou, e devido às tecnologias a escola não é mais o único lugar de concentração de saberes. É preciso ensinar os alunos a lidar com todas as informações que recebem do mundo através dos meios tecnológicos, saber selecionar essas informações e torná-los sujeitos ativos na construção de seu próprio conhecimento.